
Como escolher o obstetra
Se a gente fica cheia de dúvidas ao descobrir que vai ter um filho, imagina ao saber que vai ter dois (ou até mais) de uma vez... O fato de o médico já ter experiência no assunto ajuda muito, não dá para negar. Principalmente quem quer tentar o parto normal deve optar por um obstetra que já tenha passado pela situação.
Para a norte-americana Patricia Malmstrom, mãe das gêmeas Krista e Kelda e autora de Criando Filhos Gêmeos, é preciso que o obstetra faça ao menos cinco partos do tipo ao ano. Considerandose que a cada 100 partos apenas 1 é de gêmeos e a cada 6 mil, 1 é de trigêmeos, não é tarefa das mais fáceis. Ela criou um questionário para que a futura mãe avalie se o médico escolhido está preparado.
Publicamos uma versão com as principais questões. Vale a pena fazer as perguntas a seu obstetra.
As consultas de pré-natal, geralmente mensais na gravidez de um único bebê, podem ser até semanais a partir de metade da gestação no caso de trigêmeos. Como o risco de parto prematuro é bem maior, é importante que o tamanho do colo do útero seja monitorado com exames de ultrasom freqüentes. O ideal é que o médico tenha o equipamento no próprio consultório: além de ser mais prático, o fato de as
imagens serem interpretadas sempre pelo mesmo profissional garante mais precisão.
Para a obstetra Daniella S. Castellotti, mãe de Isabella, do site www.trigemeos.com.br, a gestação de dois bebês não chega a ser tão diferente da única que torne um médico especializado indispensável.
“Mas, no caso de trigêmeos, um obstetra com pouca experiência pode não prestar atenção a pontos importantes ”, diz. Daniella recomenda um acompanhamento personalizado com uma nutricionista, pois o ganho excessivo de peso aumenta o risco de hipertensão e diabetes gestacional, já presentes na gestação múltipla. Ela concorda com Patricia sobre a importância de a mãe ter uma conversa com um perinatologista (especialista em gravidez de risco), já que muitos bebês ficam na UTI. “A mãe fica mais tranqüila ao entender que o bebê pode ter dificuldade para mamar, por exemplo. ”
Alguns especialistas em reprodução assistida, como Dr. Luiz Eduardo Trevisan Albuquerque, pai de Eduardo, continuam acompanhando a mãe durante o primeiro trimestre da gravidez, trocando figurinhas com o obstetra escolhido por ela. “A paciente não quer engravidar, quer ter o filho ”, diz.
Em algumas clínicas especializadas em ginecologia e obstetrícia a mãe é acompanhada por uma
Fonte: Revista Pais e Filhos online